Compreenda: Ao tratarmos do assunto origem & originalidade devemos iniciar pela compreensão etimológica básica dos termos quem vem a ser:
Etimologicamente
Origem: ponto no espaço ou no tempo que marca o início de algo; começo.
Originalidade (original): provém da origem; que tem características próprias, sem igual; diz-se de obra de arte que não é falsificada, nem cópia; de onde se pode tirar cópia; perfeitamente puro, sem alterações.
Neste momento, passaremos pela prévia da Teologia, o estudo que se ocupa a conhecer Deus, e veremos a origem sendo Deus e através de Deus.
Biblicamente
Deus – A Origem
Dia (grego) – Através: Começamos pelo Livro dos Princípios Gerais, o Gênesis, o Bereshit “No Começo” Baráh “Criou” Elohim “Deus” (בְּרֵאשִׁית בָּרָא אֱלֹהִים). Aqui Deus revela seu poder de dar origem a todas as coisas e pessoas à partir d’Ele mesmo (da sua boca e das suas mãos): “Haja” e “Façamos” – Gn 1.1-27. Já neste momento podemos ver Deus como a origem tanto das coisas (pela liberação da palavra haja), quanto do ser humano (pelo convite à ação com as mãos), ao extrair a matéria prima (o barro), para “modelar” o homem, Adão, o Adamah (hebraico) (terra), “vermelho”, barro; soprando também nas suas narinas tornando-o de um mero “boneco de barro” a um ser animado (com ânimo, vida, ações e reações). Da mesma maneira o “originário”, dá uma “pausa” no homem para agora originar a “coroa da criação”, a mulher (Gn 2.21,22).
Em outras referências, podemos ver Deus apontado como a origem de todas as coisas na Terra, um ato de sua vontade soberana.
“Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” – Jo 1.3, nesta referência temos o “indicativo” claro de que Deus é o Projetista e Executor, da maior e mais complexa obra já vista na Terra, o ser humano; como também o reforço de sua importância na Criação, ou seja, Ele é insubstituível!
“Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas” – Rm 11.36a, Deus é a Fonte, a origem (dele); Ele é o meio, o percurso (por ele); O Senhor é o destino, o alvo, a conclusão de tudo (para ele).
Em Deus – A Originalidade (o original)
Em Deus está a absoluta perfeição, a pureza, o refino para que o homem seja de fato a imagem e semelhança de seu Criador. A declaração do Pai em Gênesis já mostra que no projeto original, o homem seria uma “replicação” na Terra da perfeição e pureza (ausência de maldade e malícia) Divina para que da mesma forma que os anjos foram criados para louvor de sua glória, assim fosse o homem, porém, dotado de maiores privilégios uma vez que não seria “criação”, mas um Amigo de Deus na Terra com quem todos os dias o Eterno viria tomar seu “café da tarde”.
Na originalidade do homem, se reservava um princípio de confiabilidade entre o Céu e a Terra, entre Deus e o homem (raça humana); uma relação saudável, segura (sem a desconfiança, que geraria o distanciamento) e promissora, já que a criação recebera “carta branca” sobre todas as demais criações abaixo dos céus.
Deus sendo a própria perfeição conforme a declaração de Moisés “Ele é a Rocha cuja obra é perfeita” (Dt 32.4) e Davi acrescenta “O caminho de Deus é perfeito” (2Sm 22.31). Não seria diferente com o homem, sendo feito sem nenhum tipo de malícia na sua natureza ou no ambiente onde eles fossem inseridos “não se envergonhavam” (Gn 2.25), e ainda não conheciam o “bem e o mal” (Gn 3.5). Além disso, eram inocentes quanto ao pecado.
Eles não conheciam o mal antes de caírem “sereis como Deus, sabendo do bem e do mal”, ao provarem do fruto proibido que: “foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nús; e cozinharam folhas de figueira, e fizeram aventais para si” (Gn 3.7).
No hebraico há uma palavra para designar “reto” é yashar, e significa “retidão”, ou seja, na originalidade do homem, este seria reto, íntegro, honesto, seria o padrão. Esse termo não denota simplesmente a ausência de maldade, mas também a presença de bondade; não se trata apenas da “ausência de vício”, mas a presença real da virtude.
E por quê estudarmos esse preambulo sobre a integridade na originalidade do homem? Porque, vemos o cuidado magnifico de um Deus que, mesmo fazendo o ser humano de uma matéria totalmente perecível, não deixou de investi-lo de pureza e perfeição, que é parte principal das características Divina.
NOTA: Você pode até dizer “sou ser humano”, e de fato é mas, sua composição principal é a santidade do Senhor!
Fique ligado nos próximos posts, pois iremos dar continuidade a este assunto.