Na noite de quarta-feira, o Estádio Nilton Santos foi palco de um espetáculo de futebol. O Botafogo, com um desempenho avassalador no primeiro tempo, enfrentou o São Paulo pela ida das quartas de final da Libertadores. Mesmo com toda a intensidade e ritmo impostos pelos cariocas, o placar permaneceu inalterado: 0 a 0. Um resultado que mantém a decisão em aberto para o jogo de volta no Morumbi, mas que deixa um sabor amargo pela superioridade desperdiçada.
O comentarista Vitor Birner, da ESPN, foi enfático ao analisar o domínio do Botafogo nos primeiros 45 minutos. “Foi um vareio do Botafogo, faltou só a finalização. O time de Zubeldía ficou preso na defesa, com o meio despovoado, e o Botafogo soube explorar isso, mas pecou na hora de concluir,” destacou. A estratégia defensiva do São Paulo não conseguiu conter o ímpeto alvinegro, que finalizou 23 vezes e acertou a trave em duas ocasiões, mas não conseguiu transformar a superioridade em gols.
Alex, outro comentarista, exaltou a identidade e o ritmo de jogo do Botafogo. “O Botafogo é o time que mais tem a mão do treinador, de movimentos, de sequência, de intensidade, porque isso é treinável. O primeiro tempo foi em ritmo absurdo, como o Botafogo vem fazendo já de longo tempo. Se saíssem gols, imagina o que viraria o jogo. Mas olha o ritmo que terminou. O Botafogo não permite você parar,” ressaltou. Ele destacou como o time carioca impõe um ritmo que raramente permite ao adversário respirar, com movimentações rápidas e combinadas que encantam o público.
Thiago Almada e Savarino foram os grandes destaques do Botafogo na partida. Almada quase abriu o placar em um chute que explodiu na trave, e Savarino, também em grande noite, acertou o travessão em outro lance de perigo. “Controlamos o jogo todo, mas não concretizamos lá na frente. A vitória escapou, mas estamos confiantes para o jogo no Morumbi,” lamentou Savarino ao fim do jogo.
O segundo tempo, no entanto, trouxe uma mudança no panorama da partida. Com ajustes táticos promovidos por Zubeldía, o São Paulo equilibrou o confronto e impediu que o Botafogo mantivesse o mesmo nível de pressão. Mansur, outro comentarista, fez uma análise precisa sobre o impacto dessas mudanças. “O primeiro tempo do Botafogo foi absolutamente avassalador. Só o futebol permite que uma diferença entre dois times do tamanho que vimos antes do intervalo vá terminar empatado. No segundo tempo, com mudanças táticas, o São Paulo consegue equilibrar,” observou.
John Textor, proprietário do Botafogo, também compartilhou suas impressões sobre o desempenho da equipe. Para ele, a atuação foi uma das melhores desde que assumiu o clube, mas ele preferiu manter a cautela. “Depois do ano passado, ninguém pode estar confiante. Somos um time melhor, mais equilibrado. Se conseguirmos manter esse nível de atuação, estaremos no caminho certo para conquistar títulos, seja nesta temporada ou na próxima,” afirmou Textor, ainda lembrando do trauma de 2023, quando o Botafogo perdeu o Brasileirão após liderar com folga.
Pedro Ivo Almeida, da ESPN, ofereceu uma visão positiva para a torcida botafoguense. “O Morumbi ajuda, mas não decide. Se o Botafogo jogar com a mesma intensidade do primeiro tempo, tem grandes chances de surpreender e conquistar a classificação,” disse, reforçando a confiança na capacidade do time de superar o São Paulo fora de casa.
Agora, o Botafogo se prepara para a partida decisiva no Morumbi, na próxima semana. Antes, porém, enfrenta o Fluminense no clássico pelo Brasileirão, onde defenderá a liderança. O empate sem gols deixou a torcida alvinegra com a sensação de que o melhor ainda está por vir. Se o Botafogo conseguir alinhar a intensidade do primeiro tempo com a eficácia nas finalizações, a classificação para as semifinais da Libertadores estará ao seu alcance.
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