Landim nega críticas ao Botafogo
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, buscou esclarecer suas declarações sobre o Botafogo e o fair play financeiro, após a derrota por 4 a 1 para o rival carioca no Campeonato Brasileiro de 2024. Landim afirmou que suas palavras foram mal interpretadas e que ele não tinha a intenção de criticar o Botafogo ou seu proprietário, John Textor, mas sim abrir um debate sobre o papel das Sociedades Anônimas do Futebol (SAF) e a ausência de um regulamento financeiro no Brasil. Assim, Landim nega críticas à condução financeira do Botafogo, afirmando que seu comentário foi apenas uma observação.
“Fiz só um comentário”, diz Landim sobre fair play
Ao ser questionado sobre sua fala polêmica — “bem-vindo aos tempos de SAF sem fair play financeiro” — Landim explicou que o comentário foi feito em um grupo de torcedores do Flamengo, onde alguns criticavam a falta de contratações do clube rubro-negro em comparação ao Botafogo. Ele argumentou que a diferença entre os dois clubes vai além de simples reforços. Segundo ele, Landim nega críticas diretas, reforçando que sua intenção foi trazer à tona a discussão sobre regras financeiras no futebol.
“O Botafogo arrecadou R$ 322 milhões no ano passado, enquanto o Flamengo teve uma receita de R$ 1,37 bilhão. Mesmo assim, o Botafogo conseguiu investir mais do que arrecadou. Isso em outros países não seria permitido, porque há regras claras sobre quanto um clube pode gastar de acordo com suas receitas. Mas no Brasil, não há controle financeiro. Fiz só um comentário, não foi uma crítica”, disse Landim, ao canal “Oh, Meu Mengão”.
Segundo Landim, o Botafogo, que faz parte do grupo Eagle Football, de John Textor, possui um poder de investimento que desafia as normas financeiras internacionais. Ele alertou que a falta de regras no Brasil pode transformar o país em uma espécie de “barriga de aluguel” para os grupos multiclubes. Aqui, mais uma vez, Landim nega críticas direcionadas a John Textor, afirmando que apenas quis expor as diferenças entre as realidades financeiras dos clubes.
A importância de discutir os grupos multiclubes e o fair play financeiro
Landim também defendeu que o tema do fair play financeiro seja discutido na Comissão Nacional de Clubes, da qual participa. O dirigente vê como fundamental a criação de uma regulamentação que evite que clubes brasileiros sejam prejudicados pela ausência de regras claras. Segundo ele, essa é uma discussão que precisa ser priorizada, e é importante que todos entendam por que Landim nega críticas diretas ao Botafogo, focando na importância do debate.
Clube | Receita 2023 | Investimento em 2024 |
---|---|---|
Flamengo | R$ 1,37 bilhão | R$ 500 milhões |
Botafogo | R$ 322 milhões | R$ 450 milhões |
“Esses grupos transnacionais, como o Eagle Football, permitem que grandes investimentos sejam feitos no Brasil, sem nenhum controle financeiro. O problema é que jogadores caros podem ser comprados por clubes brasileiros e depois transferidos para outros times do mesmo grupo, onde existem regras de fair play. Isso acaba burlando o sistema internacional, e aqui no Brasil, que não possui regras claras, essas práticas se tornam possíveis”, criticou o presidente do Flamengo.
Landim enfatizou que o debate sobre a regulamentação financeira no futebol brasileiro é crucial para proteger os clubes locais e garantir a transparência nas operações financeiras. “Sem regras, o Brasil vira uma ‘terra de Marlboro’, onde vale tudo. Precisamos começar a estabelecer limites e criar regras para garantir a competitividade de forma justa”, afirmou.
SAFs no Brasil: vantagens e desvantagens
Mesmo criticando a ausência de um controle financeiro rigoroso, Landim reconheceu que as SAFs trouxeram aspectos positivos para o futebol brasileiro. Ele destacou que o investimento estrangeiro, como no caso do Botafogo, ajudou a elevar o nível do futebol no país, mas reforçou a necessidade de equilíbrio.
“Não sou contra as SAFs. Pelo contrário, acho que elas têm um lado positivo, como o aumento do investimento no nosso futebol, algo que sempre precisou ser melhorado. No entanto, é essencial que esse investimento seja regulado, para que não haja distorções e injustiças entre os clubes”, pontuou.
A criação das SAFs permitiu que clubes como o Botafogo recebessem injeções de capital significativas, algo que seria impossível em tempos anteriores, quando os times eram limitados por suas receitas. Contudo, Landim argumenta que o caminho para um futebol mais sustentável passa por regulamentações financeiras claras.
O futuro do futebol brasileiro
A fala de Landim abriu um importante debate sobre o futuro do futebol brasileiro e o impacto das SAFs. A ausência de um fair play financeiro pode, segundo ele, criar uma disparidade insustentável entre clubes com maior e menor poder de investimento. Ao longo de toda a discussão, Landim nega críticas pessoais, reafirmando que seu objetivo é fomentar um debate necessário para o futuro do futebol no Brasil.
“Estamos em um novo mundo. As SAFs são uma realidade e o fair play financeiro precisa acompanhar essa mudança. Esse tipo de discussão é essencial para garantir que o futebol brasileiro cresça de maneira saudável e equilibrada”, concluiu.
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Landim nega críticas