John Textor é absolvido pelo STJD: saiba os detalhes do julgamento
John Textor, acionista do Botafogo, foi absolvido pelo STJD em um processo envolvendo declarações sobre manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro. Textor havia afirmado possuir áudios em que árbitros reclamavam de não receber propinas para interferir em partidas, mas não apresentou as supostas provas ao tribunal, levando a acusação de omissão.
O julgamento foi iniciado com o promotor Paulo Emílio acusando Textor de conduta “omissiva” por não fornecer as provas, fundamentando a denúncia no artigo 220-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê punição para quem deixa de colaborar com a justiça desportiva. Após o depoimento da defesa, o relator do caso, Luiz Felipe Bulus, optou pela absolvição, sendo acompanhado por outros cinco auditores do STJD. Apenas dois votos divergiram da decisão do relator, resultando em um placar final de 6 a 2 pela absolvição.
Entenda a defesa e os próximos passos para Textor
A defesa de Textor, conduzida pelo advogado Michel Assef Filho, argumentou que o acionista do Botafogo não poderia ser responsabilizado por não ser o titular da prova. Segundo o advogado, exigir que Textor entregasse áudios comprometedores poderia significar obrigá-lo a cometer um crime. “Textor apenas mencionou que existiam reclamações sobre propinas, mas ele não tem a obrigação de apresentar provas que envolvem terceiros,” disse Assef.
Essa decisão reformou o veredito inicial da 1ª Comissão Disciplinar do STJD, que em maio havia multado Textor em R$ 60 mil por suposta omissão. No entanto, ele ainda enfrenta um processo separado, que o acusa de difamar árbitros e membros do futebol brasileiro, com penas que podem chegar a 810 dias de suspensão e multas de até R$ 600 mil. O julgamento está a cargo da 5ª Comissão Disciplinar do STJD e foi adiado para permitir mais análises e a tradução de documentos requisitados.
Além disso, a empresa Good Game, contratada por Textor para investigar árbitros e atletas, permanece envolvida no processo, com a Procuradoria exigindo mais respostas. O Botafogo aguarda os próximos passos para entender as implicações futuras dessa acusação, que poderá afetar o clube e o próprio dirigente.
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