O que aconteceu entre Botafogo e Peñarol na Copinha de 1993?
Quando falamos sobre Botafogo e Peñarol, é impossível não lembrar da final da Copa Conmebol de 1993, um momento icônico para o alvinegro. Mas você sabia que, naquele mesmo ano, as duas equipes se enfrentaram em um jogo que ficou marcado pela violência e pelas polêmicas? O embate na Copa São Paulo de Futebol Júnior, realizado em São Caetano do Sul, não é tão lembrado, mas merece atenção.
O clima tenso da partida
A edição de 1993 da Copinha foi especial, pois marcou o retorno de times estrangeiros ao torneio, com a participação de clubes como o Boca Juniors e o Peñarol. O que deveria ser uma partida amistosa para jovens talentos rapidamente se transformou em um verdadeiro campo de batalha, com quatro expulsões e um jogador do Botafogo saindo de campo com uma fratura na mão. O jogo terminou em um tenso 1 a 1.
Os futuros campeões continentais Eliomar, Clei e Marcos Paulo estavam em campo, mas o clima de rivalidade se acentuou com as agressões dos uruguaios. Paulo Emílio, técnico do time profissional, estava presente e ficou indignado com a violência. “Eles deram pra valer”, declarou o treinador, que também se manifestou contra a participação dos clubes uruguaios em torneios de base.
Repercussões e memórias dos jogadores
O lateral Eliomar, que participou da Copinha, não se recorda de muitos detalhes do jogo, mas menciona a euforia da conquista da Copa Conmebol que se seguiria. Ele foi um dos quatro jogadores destacados por Paulo Emílio por seu potencial, e seus feitos ajudaram a moldar a equipe que se tornaria campeã.
Marcos Paulo, outro protagonista daquele ano, relembra a importância da Copinha para sua carreira. Ele fala sobre a fratura do companheiro Moisés e a tensão da partida, que teve um impacto duradouro em sua trajetória no clube. “Aquele ano de 93 foi muitíssimo importante”, comenta.
Uma conexão histórica
O embate de 1993 na Copinha não apenas ressaltou a rivalidade entre Botafogo e Peñarol, mas também estabeleceu um vínculo entre os jovens jogadores que participaram daquela partida e os que mais tarde se consagraram campeões. A expectativa é que o espírito vitorioso daquele time inspire os jogadores atuais, especialmente com a iminente semifinal da Libertadores contra o mesmo Peñarol.
Com o primeiro jogo marcado para esta quarta-feira, 23, às 21h30, no Nilton Santos, a lembrança daquela Copinha traz uma nova perspectiva para os torcedores. Os alvinegros esperam reviver a glória e a paixão que marcaram a história do clube.
Conclusão
Botafogo e Peñarol têm uma rica história, não apenas em confrontos decisivos, mas também em momentos que definiram o caráter e a resiliência do alvinegro. Agora, enquanto o Botafogo se prepara para mais um duelo contra os uruguaios, fica a expectativa de que a tradição de luta e triunfo continue.
Fonte: Jéssica Maldonado – GE Botafogo